Na
terceira e última etapa da Liga Sul Feminina de Rugby, realizada neste sábado
(24), em Curitiba, as Touritas (atletas do Curitiba Rugby) repetiram a proeza
da primeira etapa, vencendo todas as partidas sem levar nenhum try (pontuação
principal no esporte).
As duas
primeiras etapas aconteceram em Porto Alegre e em Florianópolis. Na primeira,
em Porto Alegre, as Touritas venceram todas as partidas invictas. Tudo parecia
estar garantido, mas, na segunda etapa, perderam para o Desterro, time campeão
de Santa Catarina que também é expressivo no ranking nacional.
Curitiba
e Desterro chegaram empatados nessa última etapa e tudo podia acontecer. Porém,
as Touritas estavam com todo o gás e isso, somado à vantagem de jogar em casa,
permitiu vitórias incríveis: 29 x 00 contra o Charrua (RS) e 34 x 00 contra o
Desterro (SC).
O
Curitiba Rugby Feminino começou a se destacar em 2013, quando o time juvenil
venceu as duas etapas (verão e inverno) da Copa Cultura Inglesa. De lá para cá
se manteve no topo do ranking nacional, tendo vencido o campeonato brasileiro
adulto duas vezes (2015 e 2016)
Segundo
Leca Jentzsch, coordenadora do Projeto Social VOR – Vivendo O Rugby, tudo isso é
fruto do trabalho iniciado no projeto VOR, que atende mais de 600 crianças de
escolas públicas de Curitiba e Região Metropolitana. Este projeto foi premiado pela confederação
internacional do esporte, a World Rugby, em 2014, como melhor projeto social do
mundo.
Por
Adriana Pacheco Lopes
Fotos por Susi Baxter-Seitz
Sobre o Curitiba Rugby:
Fundado
em 1983, o Curitiba Rugby Club é uma entidade sem fins lucrativos que tem por
objetivo a transformação social por meio do esporte.
É o atual
bicampeão brasileiro, tanto no masculino como no feminino. Seus projetos
funcionam por leis de incentivo ao esporte e contam com o apoio do governo em
todas as esferas: municipal, estadual e federal.
Seu
projeto social VOR – Vivendo O Rugby, que atende mais de 600 crianças da
rede pública de ensino, foi premiado pela World Rugby como melhor do mundo em
2014.
Os alunos
do VOR que se destacam no esporte e nos estudos são convidados para integrar as
categorias de base do clube por meio do Projeto RPS - Rugby Para
Sempre.
Para
completar o ciclo de sustentabilidade por meio do esporte, cerca de 15 atletas
recebem bolsas de estudo através de uma parceria com as Faculdades Uniandrade.
Assim o Curitiba Rugby forma não apenas atletas, mas também cidadãos com uma
vida profissional promissora além do esporte.
Seus Projetos são patrocinados por: CCR RodoNorte,
Volvo, Uniandrade, Grupo Arauco, Sanepar e TCP; e apoiados por: Isotron,
Favretto Painéis, Nutrimental, Rumo, Sanrad e We Are Bastards Pub.
Sobre o
Rugby:
De origem britânica, o rugby é um dos esportes
coletivos mais praticados no mundo. É responsável pelo terceiro maior evento
esportivo do planeta, a Copa do Mundo de Rugby, que está atrás apenas da
Copa do Mundo de Futebol e dos jogos olímpicos.
Segundo várias fontes, foi trazido para o Brasil
por Charles Miller em 1894 junto com o futebol. Embora o futebol tenha
encontrado terreno muito mais propício, o rugby tem crescido muito no Brasil:
já são mais de 300 clubes, cerca de 10 mil jogadores.
É praticado em um campo gramado de tamanho
semelhante ao do futebol (100 x 70 metros). Duas características marcantes do
rugby são a bola oval e a trave em forma de H. Diferente do Futebol Americano,
no rugby os jogadores usam apenas o protetor bucal como equipamento de
segurança obrigatório.
MODALIDADES
No Brasil o rugby é praticado nas modalidades XV e
Sevens. O Rugby VX é o mais tradicional, praticado com 15 jogadores de cada
equipe em campo em dois tempos de 40 minutos. Sevens é a modalidade olímpica,
praticada com 7 jogadores de cada equipe em campo em dois tempos de 7 minutos.
PRINCÍPIOS
BÁSICOS
O objetivo
é avançar com a bola para além da linha do gol dos adversários e apoiá-la
contra o solo para marcar o “TRY”, que
vale 5 pontos.
A equipe que faz o try tem direito de chutar para a trave. Caso acerte,
a equipe recebe mais 2 pontos através do que se chama “CONVERSÃO”. No caso de chute concedido por penal, a conversão
vale 3 pontos.
O jogador
que avança com a bola pode ser derrubado pelo adversário através do “TACKLE”, que só pode ser aplicado
abaixo do pescoço.
Quando é
perdida a posse da bola, por saída lateral ou falta leve, sua
retomada pelo adversário pode acontecer por algumas formações
próprias do rugby denominadas “LINE” e “SCRUM”.
Apesar de a equipe ter que
avançar, cada jogador só pode passar a bola para o companheiro que estiver
atrás dele. Essa aparente contradição cria a necessidade de um bom trabalho de
equipe e uma enorme disciplina, uma vez que pouco resultado pode ser obtido por
um atleta individualmente.
Tais
características reforçam os valores do esporte: integridade,
respeito, paixão, solidariedade e disciplina, que são levados do campo para
a vida dos jogadores.
“Um esporte de brutos
praticado por cavalheiros. ”
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